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6 MITOS SOBRE A CASTRAÇÃO DE ANIMAIS

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*Mãezinha abandonada com seus filhotes- Foto/arquivo pessoal: Gateiras de Jaguariuna

Hoje, há mais de um bilhão de pets no mundo, e cerca de um em cada três vive em situação de rua ou em abrigos. Esses dados geram um grande impacto e nos fazem pensar em soluções para esse problema. A castração é uma das medidas mais eficazes para o controle populacional, mas ainda existem muitos mitos sobre o procedimento.

A Médica Veterinária Andréia Amorim, da clínica Amigo Pet esclarece alguns deles:

  1. A castração engorda o animal?
    • MITO: A castração por si só não engorda o animal. O que pode acontecer é que, após o procedimento, o animal pode se tornar mais sedentário e ter um aumento no apetite devido à alteração hormonal. Cabe ao tutor oferecer uma alimentação saudável, ração específica para animais castrados e, se necessário, incentivar uma rotina de exercícios.
  1. Cães e gatos precisam ter a primeira cria antes da castração?
    • MITO: Não, os animais não precisam ter a primeira cria. Estudos recentes indicam que, para a maturidade biológica, o animal deve ter o primeiro cio, desde que o tutor seja responsável. Para animais em situação de rua, abandono e em abrigos, a castração precoce é necessária para o controle populacional.
  1. Os pets precisam ter relação sexual e podem ficar infelizes sem o ato?
    • MITO: Não, os pets não têm essa necessidade. O comportamento que eles demonstram durante o cio, como agitação e marcação de território, é uma resposta biológica. Não há evidência de que os animais fiquem infelizes sem o ato sexual.
  1. A castração reduz o risco de fuga?
    • DEPENDE: Cães e gatos não devem ser deixados nas ruas. Após a castração, a redução nos hormônios diminui a marcação de território e a busca por fêmeas no cio, o que pode reduzir as fugas.

Porém, a principal solução é evitar que o animal tenha acesso às ruas.

*Mingau disponível para adoção FIV+- Foto/arquivo pessoal: Gateiras de Jaguariuna

  1. A castração reduz o risco de câncer?

VERDADE: A castração reduz o risco de câncer, especialmente câncer de mama em fêmeas, câncer de próstata em machos, além de prevenir infecções uterinas e problemas como abscessos e hérnias perianais. Além do câncer também auxilia na prevenção de doenças em gatos como a FIV e a FELV.

  1. A castração diminui a agressividade?
    • VERDADE: A castração pode reduzir a agressividade nos animais, pois a alteração hormonal diminui o impulso de marcar território e as brigas, inclusive entre fêmeas.

*Dra. Andreia Amorim e Princesa – Foto/arquivo pessoal

A castração de animais de estimação vai muito além de um simples procedimento de saúde. Ela desempenha um papel fundamental no controle populacional de animais, ajudando a reduzir o número de cães e gatos abandonados nas ruas. Essa prática é essencial para prevenir o aumento da população de animais de rua.

Outro benefício significativo da castração é a redução da taxa de abandono. Com menos nascimentos indesejados, o número de animais deixados nas ruas diminui, o que impacta positivamente na saúde pública e no bem-estar animal. Animais abandonados frequentemente vivem em condições precárias, sendo mais suscetíveis a doenças.

Desmistificar a castração é crucial para que mais pessoas compreendam sua importância e adotem essa prática responsável.

Ao tomar decisões informadas, estamos não apenas cuidando melhor dos nossos animais, mas também promovendo uma sociedade mais harmônica e responsável.

Portanto, a castração é uma solução eficaz, tanto para a saúde dos animais quanto para o bem-estar da sociedade

Lethícia Magno

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É hora de mudar: a injustiça do regulamento do Campeonato Paulista

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A Ponte Preta, com 22 pontos, ficou de fora da fase seguinte - Foto: Marcos Ribolli/Reprodução

O Campeonato Paulista, um dos torneios mais tradicionais e apaixonantes do futebol brasileiro, há anos vem sendo palco de uma discussão que, para muitos, já deveria ter sido resolvida: a forma de classificação para as fases finais da competição. O atual regulamento, adotado há alguns anos e aprovado pelos dirigentes dos clubes, prevê que os dois primeiros colocados de cada um dos oito grupos se classifiquem para a próxima fase, independentemente da pontuação geral. Esse sistema, no entanto, tem gerado distorções gritantes, prejudicando times com campanhas mais consistentes e premiando outros com desempenhos inferiores. É hora de questionar: até quando vamos aceitar essa injustiça?

Este ano, mais uma vez, o regulamento mostrou suas falhas. A Ponte Preta, com 22 pontos, ficou de fora da fase seguinte, enquanto o Mirassol, com apenas 16 pontos, garantiu sua classificação. Para quem acompanha o futebol, é difícil explicar como um time que somou quase 30% a mais de pontos que outro pode ser eliminado. A situação é ainda mais absurda quando lembramos que, em 2020, a própria Ponte Preta foi beneficiada por esse mesmo sistema, classificando-se com 13 pontos, enquanto o Guarani, seu maior rival, ficou de fora com 16. Ou seja, o regulamento é tão falho que, em anos diferentes, prejudica e beneficia os mesmos times, sem qualquer critério esportivo consistente.

É importante deixar claro que a crítica não é pontual, nem direcionada a um clube específico. A questão é estrutural. Um campeonato que se pretende sério e competitivo não pode permitir que times com campanhas inferiores avancem às custas de outros que demonstraram maior regularidade ao longo da competição. Em qualquer liga europeia, por exemplo, a classificação é decidida pela pontuação geral, justamente para evitar esse tipo de distorção. Imagine explicar para um dirigente da Premier League ou da La Liga que um time com 22 pontos ficou de fora, enquanto outro com 16 avançou. Seria motivo de piada.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) precisa acordar para essa realidade. O atual regulamento desrespeita o esforço dos clubes, a inteligência dos torcedores e a própria essência do esporte, que é a meritocracia. Não faz sentido manter um sistema que, em vez de premiar os melhores, cria situações aleatórias e injustas. É urgente que a FPF revise esse modelo e adote um critério mais justo, como a classificação baseada na pontuação geral, que reflita verdadeiramente o desempenho dos times ao longo do campeonato.

Além disso, é fundamental que os dirigentes dos clubes assumam sua responsabilidade nesse processo. Eles são os primeiros a aprovar esse regulamento e, portanto, têm o poder de pressionar por mudanças. É hora de colocar o interesse do futebol paulista acima de conveniências políticas ou de curto prazo. Um campeonato mais justo e competitivo beneficia a todos: clubes, torcedores e, claro, a própria FPF, que veria sua credibilidade fortalecida.

O Campeonato Paulista é um patrimônio do futebol brasileiro. Sua história, sua tradição e sua paixão merecem um regulamento à altura. Que 2026 não seja mais um ano de injustiças e distorções. Que seja, finalmente, o ano da mudança. O futebol paulista não pode mais esperar.

Texto: Edmilson Alves

Acesse: https://www.youtube.com/@pautadeboteco2550/featured

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A nova regra do futebol promete agilidade em jogo, mas e os demais tempos perdidos?

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Outro ponto que merece reflexão é o aumento da pressão sobre os goleiros - Foto: Gerada Por I.A.

Neste sábado, 1º de março, a International Football Association Board (Ifab) anunciou uma mudança significativa nas regras do futebol, que promete impactar diretamente a dinâmica das partidas. A partir do meio deste ano, os goleiros terão apenas oito segundos para recolocar a bola em jogo após pegá-la com as mãos. Caso ultrapassem esse tempo, a equipe será punida com a concessão de um escanteio ao adversário. Além disso, o árbitro terá a responsabilidade de avisar o goleiro quando faltarem cinco segundos para o limite. A mudança visa coibir a chamada “cera”, prática que consiste em atrasar o jogo para garantir vantagens táticas.

Até então, a regra vigente permite que o goleiro fique com a bola por seis segundos, sob pena de tiro livre direto para o adversário. A ampliação do tempo para oito segundos pode parecer um alívio, mas, na prática, a punição com escanteio é mais severa, já que essa cobrança aumenta as chances de gol. A Ifab demonstra, com essa alteração, uma preocupação em tornar o jogo mais ágil e aproveitar melhor os 90 minutos de partida.

Na minha opinião, a mudança é válida e reflete a necessidade de modernizar o futebol, tornando-o mais dinâmico e condizente com as demandas do esporte no século XXI. O futebol é um jogo que evolui constantemente, e a tecnologia tem sido uma aliada importante nesse processo. Apesar de a nova regra não envolver diretamente questões tecnológicas, ela reforça a ideia de que o tempo de jogo deve ser aproveitado de forma eficiente. A redução da “cera” dos goleiros pode, de fato, acelerar o ritmo das partidas e tornar o espetáculo mais atraente para os torcedores.

No entanto, é importante questionar se essa medida é suficiente para resolver o problema do tempo perdido durante as partidas. Enquanto os goleiros são diretamente impactados pela nova regra, outros fatores que contribuem para a lentidão do jogo continuam sem solução. Jogadores de linha, por exemplo, frequentemente demoram para cobrar faltas, laterais ou escanteios, além de recorrerem a simulações de contusões para ganhar tempo. Essas práticas também deveriam ser alvo de atenção da Ifab, pois são igualmente prejudiciais à fluidez do jogo.

Outro ponto que merece reflexão é o aumento da pressão sobre os goleiros. Eles já são figuras cruciais e, muitas vezes, decisivas em uma partida. Com a nova regra, a responsabilidade de evitar punições e, consequentemente, escanteios perigosos, recai ainda mais sobre eles. Será que essa mudança não poderia vir acompanhada de medidas que equilibrem as responsabilidades entre todas as posições em campo?

Em resumo, a nova regra é um passo importante para tornar o futebol mais ágil e justo, mas não pode ser vista como a solução definitiva para o problema do tempo perdido. A Ifab precisa continuar evoluindo e implementando medidas que combatam todas as formas de “cera”, não apenas as praticadas pelos goleiros. O futebol é um esporte coletivo, e as regras devem refletir essa coletividade, garantindo que todos os envolvidos contribuam para um jogo mais dinâmico e envolvente. Enquanto isso, torcemos para que essa mudança traga mais emoção e menos interrupções aos nossos tão amados 90 minutos de jogo.

Texto: Edmilson Alves

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Estádio da Mogiana merece ser tratado à altura de sua história

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O Campo da Mogiana é um patrimônio histórico, tombado pelo Condepacc e pelo Condephaat - Foto: Reprodução/Internet

O Estádio da Mogiana, carinhosamente conhecido como Cerecamp, é mais do que um simples complexo esportivo. É um relicário de memórias, um testemunho silencioso de uma época em que o futebol era pura paixão, e não apenas um negócio. Localizado no nobre Jardim Guanabara, em Campinas, o Cerecamp é um símbolo de uma história que transcende o tempo, mas que, infelizmente, parece condenada ao esquecimento. O recente leilão virtual do dia 13 de fevereiro, que mais uma vez não encontrou interessados, é um triste capítulo dessa narrativa. O abandono do local contrasta com a grandiosidade de seu passado, deixando-nos apenas com as lembranças dos dias gloriosos que ali foram vividos.

O Campo da Mogiana não é apenas um pedaço de terra com arquibancadas e um gramado. É um patrimônio histórico, tombado pelo Condepacc e pelo Condephaat, que carrega em suas estruturas a alma do futebol campineiro. Inaugurado em 1940, o estádio foi palco de dez dérbis entre Ponte Preta e Guarani, dois dos times mais tradicionais do interior paulista, além de sediar o primeiro dérbi noturno da história, em 1948. Foi também candidato a receber jogos da Copa do Mundo de 1950, um feito que poucos estádios do interior podem ostentar. No gramado da Mogiana, pisaram lendas como Leônidas da Silva, Domingos da Guia e Bellini, nomes que ecoam na história do futebol brasileiro.

Mas hoje, o que resta? Arquibancadas interditadas desde 2009, um gramado que já não vê a bola rolar, e um silêncio que dói. O Governo do Estado de São Paulo tentou vender o complexo por R$ 25,7 milhões, mas não houve interessados. É triste pensar que um local tão rico em história e significado possa ser reduzido a um mero negócio imobiliário. O Cerecamp não merece isso. Ele merece ser revitalizado, preservado, e transformado em um espaço que honre sua história e sirva à comunidade.

A venda do Mogiana é um tema que divide opiniões. De um lado, há quem veja a necessidade de modernização e aproveitamento econômico do espaço. De outro, há os que defendem que o estádio deve ser mantido como um patrimônio cultural, um museu a céu aberto que conte a história do futebol e da cidade. Eu me incluo no segundo grupo. O Mogiana não pode ser apenas mais um empreendimento imobiliário. Ele é parte da identidade de Campinas, um símbolo de uma época em que o futebol era feito de paixão, rivalidades saudáveis e momentos inesquecíveis.

É preciso que haja um esforço conjunto entre o poder público, a iniciativa privada e a sociedade civil para encontrar uma solução que preserve a história do Cerecamp. Talvez ele possa se tornar um centro cultural e esportivo, um local onde novas gerações possam aprender sobre o passado enquanto criam suas próprias memórias. O Mogiana já foi palco de grandes jogos, de histórias emocionantes, de gols que entraram para a história. Ele não pode simplesmente desaparecer, deixando para trás apenas o eco de aplausos que já se foram.

Enquanto o futuro do Cerecamp permanece incerto, resta-nos a esperança de que alguém, ou algum grupo, enxergue além do valor monetário do terreno e veja o valor sentimental, histórico e cultural que ele carrega. O Estádio da Mogiana não é apenas um lugar. É um pedaço da alma do futebol campineiro, e merece ser lembrado, preservado e celebrado. Que as próximas gerações possam, um dia, pisar naquelas arquibancadas e sentir o mesmo frio na barriga que tantos torcedores sentiram ao longo das décadas. O Mogiana não pode acabar assim, em silêncio. Ele merece um final à altura de sua história.

Texto: Edmilson Alves

Acesse: https://www.youtube.com/@pautadeboteco2550

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